quarta-feira, 2 de junho de 2010



Quem, quem sou eu para entristecer?
Diante de minha família e sorte
Diante de meus amigos e minha casa.


Quem, quem sou eu para me sentir sem vida?
Quem sou eu para me sentir esgotado?
Diante de minha saúde e meu dinheiro.


E onde, aonde eu vou para me sentir bem?
Por que eu ainda procuro externamente?
Quando está claro que isso não funcionará.


É minha virtude continuar quando não sou capaz?
E é meu trabalho ser extraordinariamente preocupado com os outros?
Minha generosidade me desabilitou por
esse meu senso de tarefa a oferecer


E por que, por que eu me sinto tão ingrato?
Eu que estou muito além de apenas sobreviver
Eu que vejo a vida como uma ostra


E como, como ouso descansar em minha glória
Como ouso ignorar uma mão estendida?
Como ouso ignorar os países de terceiro mundo?


Quem, quem sou eu para entristecer?